1.12.07

 

Concurso de vídeos "Biblio Filmes: Livros, Bibliotecas, Acção!"

Biblio Filmes!
www.bibliofilmes.com

O QUÊ?
Um grupo de professores, decidiu criar um concurso que pretende lançar um desafio à comunidade da Língua Portuguesa a fazer um "filme" (em vídeo ou telemóvel) a contar a sua história e provar o quanto gostam da sua biblioteca e/ou livros.

PARA QUEM?
Professores, Alunos, Funcionários de Bibliotecas, ... - na verdade, qualquer pessoa que goste da sua Biblioteca (Pública, Escolar, privada). Todos estão convidados a fazer um vídeo sobre a sua biblioteca preferida e/ou livro!

COMO?
Os participantes colocam os vídeos no YouTube e enviam o link para bibliofilmes@xariti.com. Posteriormente eles serão carregados na página internet do concurso e depois o público em geral irá vê-los e votar no seu vídeo favorito, visando escolher os vencedores.

DURAÇÃO?
Os filmes terão obrigatoriamente um mínimo 30 segundos de duração e um máximo aproximado de 3,14 segundos! (Sim, aproveitámos o conceito matemático PI - um número transcendente, como este concurso).

QUANDO?
Anúncio do lançamento do concurso- Novembro.

Realização e envio dos filmes- até 2 de Abril de 2008 (Dia Internacional do Livro Infantil)

Período de votações- até 23 de Abril (Dia Mundial do Livro), em que serão anunciados os vencedores.

QUEREM SABER MAIS?

Contactem-nos p.f. para bibliofilmes@xariti.com ou visitem o nosso blogue http://bibliofilmes.blogspot.com ou em BiblioFilmes.com

9.2.06

 

Usar o weblog na sala de aula, porquê?

Postagem retirada do blogue Projecto Digit@r:

Os weblogs foram apropriados por alunos e professores, como recurso educacional. Os benefícios são vastos e enumeram-se alguns; a promoção da literacia informática, o desenvolvimento do pensamento e do espírito crítico, importantes para a afirmação pessoal e social do indivíduo.

Os “blogs”, na abreviatura, ou blogues (em português), pela sua evolução constante, apresentam alguma imprecisão na sua definição. São mais identificáveis pelo formato que pelos objectivos, áreas de aplicação ou formas com que foram apropriados pelos seus autores. Na sua diversidade incluem-se os Blogs de posts rápidos, os diários pessoais e os filtros, Blood, (2002). Os Weblogs estenderam-se também à educação e estão actualmente a ser utilizados nas salas de aula.

No campo pedagógico, encontro-lhes alguma semelhança com o jornal de parede, por fornecerem espaço para publicação de informações e reflexões pessoais, embora os weblogs possuam muito mais poder de intervenção.
Falando do uso pedagógico do weblog na sala de aula, os blogs apresentam um formato ideal para produzir e divulgar pensamento crítico sobre outros materiais da web. São estruturados como os jornais, com segmentos temporais - identificados pela hora e data - e permitem aos seus autores produzir reflexões diárias e disponibilizá-las através da web.
O problema da proliferação na web de informação não credenciada e a apropriação indevida desta por parte dos alunos mais inexperientes pode ser resolvido com papeis diferenciados para professores e alunos. Assim, os professores podem incentivar os alunos a pesquisar a informação mais pertinente na internet, construindo também blogs com múltiplas referências a materiais web mais credíveis e qualificados. Os alunos podem reflectir e criticar os recursos encontrados. Nesta situação, os weblogs dos alunos podem ser considerados como uma série de instantâneos da atividade quotidiana na Internet, onde se faz ênfase dos recursos web e se os avalia, de acordo com contextos específicos.

Enquanto diários pessoais, uma das vantagens que lhes encontro é de estimularem a construção de identidades, por reflectirem dimensões pessoais do seus autores, vejamos como:

Em primeiro, são instrumentos de comunicação personalizados, pois possuem um estilo próprio, visível na forma; formato da página, disposição do texto, das ilustrações , entre outras mais. Relativamente ao conteúdo, permitem ao autor a escolha de temáticas próximas das suas áreas motivacionais, e a explanação reflexiva dessas temáticas. No contexto educacional há que salvaguardar algumas dimensões de privacidade, um aspecto a discutir previamente com os alunos na sala de aula.

Em segundo, o desenvolvimento de Weblogs dá poder aos estudantes, tornando-os mais analíticos e críticos. Apresentam-se com um formato dinâmico e mais actualizado que as páginas pessoais. Com uma tecnologia que facilita a sua actualização, não só acumulam as funções das antigas páginas pessoais - com as notas pessoais do autor, as hiperligações preferidas, entre outras, como ainda adicionam a função dos fóruns. De facto os blogs também divulgam opiniões através da publicação dos comentários dos visitantes aos assuntos expostos.

Os weblogs promovem a voz aos alunos, dão-lhes a possibilidade de apresentarem no mesmo plano a reflexão pessoal e a conexão a outras fontes de informação, ou simplesmente a explanação de novas perspectivas pessoais. Ao enfantizarem o texto, os weblogs ajudam os seus autores a contextualizarem melhor os assuntos que pretendem abordar. Daí que necessariamente obriguem a um compromisso contínuo com a escrita e a muitas lições de perseverança.

Paulo
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Referências:

Blood, R. (2002). O livro de bolso do weblog – conselhos práticos para criar e manter o seu blog. Porto: Campo de Letras.

2.2.06

 

Abertas as votações para os BLOPEs, melhores blogues na área da Educação

No blogue Votações BLOPEs poderão fazer as votações para a escolha dos vencedores dos Prémios BLOPEs nas várias categorias durante o mês de Fevereiro.

29.1.06

 

Los edupost de Lu

 

Lu nos ha propuesto una clasificación del edupost (post que se insertan en edublogs o blogs educativos).  El entomólogo que, al parecer, llevo dentro no ha dejado de darle vueltas al asunto desde hace un buen rato, sin que me sea posible centrarme en ninguna ocupación. Así que he decidido desarrollar la idea de Lu para quitarme el asunto de la cabeza.

Lo que voy a proponer es introducir categorías más generales que sirvan para agrupar los tipos de edupost propuestos por Lu. Estas categorías, a mi entender, han de tener una base funcional (qué hacemos con el post y para qué), con lo que podemos echar mano de los tipos de actos de habla. Así tendríamos (incluyo en cada categoría algún ejemplo prototípico tomado de la clsificación de Lu):
  • edupost con un predominio de la información (acto de habla declarativo): post-tarea, post-TIC.

  • edupost cuyo fin es influir en la conducta del lector (acto de habla directivo): post-test.

  • edupost mediante el que el blogfesor expresa su actitud ante algo (acto de habla expresivo): ludo-post.

  • edupost en el que el blogfesor se compromete a hacer algo (acto de habla compromisivo): no hay ejemplos en la propuesta de Lu (y quizá esta categoría esté traída por los pelos).
Estas grandes categorías ayudan a poner orden en lo que podría ser un listado demasiado largo, y, por tanto, poco útil.  Sobre todo si se usan criterios diferentes sin que se jeraquicen. Hay post prototípicos, fácilmente identificables. Pero en muchos casos  tenemos la tendencia a redactar posts híbridos, en los que puede predominar una función u otra.

En fin, lo que pretendía era darle vueltas un rato al asunto para quitármelo de la cabeza y poder hacer otras cosas. Pero el tema tiene tiene un recorrido largo.


Referência: Darle a la lengua, Blogue de Felipe Zayas

 

LOS EDUPOST

 

Leo en un post los 10 consejos para la legibilidad de un blog docente y se me ocurre que esta idea enlaza con otra que llevo de cabeza desde que inicié mi andadura por la blogosfera educativa, a saber, ensayar un tipología de edupost. Y esto es precisamente lo que me propongo, enumerar diferentes tipos de post a los que me he tomado la libertad de poner una etiqueta (como divertimento, nada más).

Post-flash : A veces, el post se asemeja a los flash informativos. Contienen un noticia expuesta de forma breve y sintética.

Post-sumen:Post que contiene diversas informaciones, a modo de resumen.

Post-test : Post en el que se inserta una encuesta o un test (no tienen por qué ser serios).

Post-cita : Post en el que se expone una convocatoria a una cita (una exposición, una conferencia, una mani...)

Post-tarea: En muchos casos el post es una tarea diseñada para los alumnos.

Post-TIC : Post en el que se presenta una novedad TIC.

Tutorial-Post :Post (primo hermano del anterior) en el que se proporciona un tutorial (breve o extenso).

Post-foro : En los blogs con mucho tráfico se crean pequeños (o no tan pequeños) foros de discusión.

Post-secuencia: Hay post que inician lo que podría ser una secuencia didáctica en la que se detalla un proceso, una actividad.

Aglutipost : Este podría ser el post en el que se ensartan muchas ideas y acaba siendo pluritemático (aunque no necesariamente caótico).

Foto-Post :En ocasiones el post se reduce a mostrar una imagen. Supongo que atendiendo al consabido “una imagen vale más que mil palabras”.

Post-combi : Este sería el caso de los post que combinan el texto con la oralidad de los postcad, por ejemplo.

Post-tarjeta : Post en el que se aprovecha para felicitar algún acontecimiento.

Ludo-Post : Post en el que se involucra a los bloggers en un juego (por ejemplo un meme).

Necro-Post: He leído en varios post la noticia de la muerte de algún personaje célebre.

Y posts de final abierto, como este. Aunque, ahora que lo pienso, seguro que hay muchos más…

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ADDENDA: Vuestros comentarios y las referencias en otros blogs (I, II, III, IV) me obligan a añadir varios tipos más.

El metapost (la idea es de lourdes barroso): edupost como éste en el que se analizan los tipos de post.

El post-eco: edupost que se hace eco de la información publicada en otro blog y la presenta o amplia o matiza o...


27.1.06

 

Wikis para professores

A WIKISPACES permite a criação de wikis (uma espécie de blogues colectivos) gratuitos para professores (até ao 12º ano), sem publicidade. A página encontra-se em inglês.

Desenvolvendo mais o que são "Wikis", são web sites colaborativos que representam o trabalho colectivo, em continuação de muitos autores. Similares a um blogue na estrutura e lógica, um wiki permite a qualquer pessoa editar, apagar ou modificar conteúdos que foram colocados num sítio - incluindo o trabalho de autores prévios - utilizando apenas um interface de um browser.

O mais popular e conhecido destes sítios é a Wikipedia, uma enciclopédia online que permite que qualquer pessoa coloque uma nova entrada ou edite uma que já existia.

Uma outra definição poderá ser encontrada no prof2000.pt

 

10 consejos para la legibilidad de un blog docente

Decálogo para la legilidad de un blog de docentes para docentes:
  1. Escribe un post corto, de unas 150 palabras. Expresa un solo tema articulado en tres párrafos separados por doble espacio.
  2. Señala en negrita no más de cinco palabras claves.
  3. La letra será mediana/grande. Aunque podemos agrandar los tipos con nuestro navegador... nadie lo hace.
  4. Elige Garamond o Trebuchet que son más "amables" en la pantalla que la Times o Arial.
  5. Un blog te permite la hipertextualidad. No la desaproveches: recuerda que los enlaces permitirán completar y expandir la idea que expresas. Pon un target="_blank" para que los enlaces se lean en otra ventana y los lectores no pierdan la referencia.
  6. Si tu blog pretende crear polémica u opinión, acaba tu post con una pregunta, problema o paradoja. Así facilitarás los comentarios.
  7. Si tu blog es instructivo, al final de tu exposición resume las ideas de manera ordenada numerada o con puntos, de tal modo que sea "copiable" con facilidad en un documento de texto y faciite la creación de tutoriales a compañeros que lo necesiten. Explicita la URL de los enlaces para que no se pierdan cuando se imprima.
  8. Si tu blog es de recursos, comenta un recurso por vez y no des más de cuatro referencias. El exceso de información en un post intoxica al visitante.
  9. Pon una imagen, un video o un archivo de voz. Flickr, Bubbleshare y Castpost te dan unos códigos magníficos que darán realce a tu blog.
  10. Sobre todo, brinda un servicio.


Extraído de Blog d'una profe

16.1.06

 

Ligue-se a um Blogue

Instrumentos de comunicação online que estão a surgir têm o potencial de soltar um novo nível de pensamento criativo na sala de aula. Nesta postagem, a educadora Brenda Dyck partilha as suas recentes experiências com uma ferramenta de registo de um diário online chamada Blogue (Web Log).

As minhas experiências com os blogues.



Não fique preocupada! Não é perigoso; na verdade, pode ser mesmo aquilo que precisa para ter os seus alunos "re-interessados" em registar diários ou na escrita!

Os blogues (da palavra em inglês "blog", diminutivo de "Web logs") são diários baseados na web - espaços de pensamento online onde os estudantes podem escrever os seus pensamentos ou um local onde os leitores podem responder num estilo de comunicação bastante dinâmico.

No livro Writing With Web Logs, os autores Glen and Gina Bull colocam os blogues como tendo o "potencial de reinventar como nós trabalhamos com diários nas salas de aula, desafiando os professores e os alunos a pensarem sobre a escrita de maneiras autênticas". Eu tenho de concordar. Depois de um tempo de experimentação com blogues de turma, eu tenho a ligeira suspeita que eles têm o potencial de fazer com que a Geração Net escreva e reflicta - isto é, com vontade.

BLOGAR OU NÃO BLOGAR

O tema que estava a explorar quando introduzi os blogues pela primeira vez aos meus alunos foi o Projecto Eleanor Rigby, um projecto telecolaborativo que explorava a questão dos sem abrigo. Através deste projecto, eu queria que os meus alunos aprendessem os factos e os números que cercam o facto de não se ter casa. O meu outro objectivo era abanar os seus modelos mentais sobre as pessoas que vivem na rua e o que as faz lá continuar e encorajá-los a considerarem possíveis soluções para este cada vez maior problema social.

Eu pensei que um blogue seria o formato perfeito para os alunos registarem os seus pensamentos nesta grande problema, pelo que introduzi os meus alunos no site grátis de blogues, o blogger.com. Eu criei um blogue para cada aluno. Os seus blogues seriam os seus locais de trabalho; seriam os locais onde os estudantes poderiam "desabafar" - escrever os seus pensamentos - depois das nossas discussões diárias na sala de aula e serviriam ainda para futuras interacções da turma. Eu iria ler e responder aos blogues dos alunos e eu iria colocar questões, bem como recursos primários e secundários, para encorajar os estudantes a explorarem as suas questões e enigmas sobre os sem abrigo.

AVALIAÇÃO DOS BLOGUES

Quando o tópico de aprendizagem é um como sobre os sem abrigo, avaliar a aprendizagem efectiva que acontece é sempre um desafio. "Como é que eu pego numa actividade baseada qualitativamente como é um blogue e a transformo num grau quantitativo?" Foi com essa questão em mente que eu comecei a trabalhar nos meus cartões de relatório no fim do Projecto Eleanor Rigby.

A minha solução foi desenhar uma rúbrica de blogues que me permitisse adicionar um nível a algo que eu previamente apenas tinha tido um sentimento sobre. Eu atribui excelente, satisfatório e não satisfatório a

- de que forma os blogues dos estudantes integraram os conceitos e princípios das discussões e actividades em turma;
- quão efectivamente a escrita dos estudantes demonstrou a sua compreensão dos problemas e mitos que envolvem os sem abrigo;
- a utilização por parte dos alunos do pensamento de alto nível (análises, sínteses e avaliação) nos seus blogues; e
- de que forma as entradas dos blogues dos estudantes demonstraram uma ligação pessoal com o tópico e aplicou as leituras da aula.

O espaço de trabalho virtual forneceu-me um corpo de evidências para determinar a compreensão e as ligações de aprendizagem feitas pelos meus estudantes durante o projecto. Ler através dos seus pensamentos e observações permitiu-me não apenas ver se o seu trabalho estava completo, deu-me o olhar de um pássaro de uma aprendizagem profunda em acção.

Créditos: Education World

17.12.05

 

Sete motivos para um professor fazer um blogue

A intenção é trazer para cá algumas das idéias
que a gente vê perdidas pelo mundo — real ou virtual
(Blog de Nelson Vasconcelos)

Nesse mundo da tecnologia, inventam-se tantas novidades que realmente é difícil acompanhar todas as possibilidades de trabalho que elas abrem para um professor. Recentemente, surgiu mais uma: o blog.

Mas o que vem a ser isso? Trata-se de um site cujo dono usa para fazer registros diários, que podem ser comentados por pessoas em geral ou grupos específicos que utilizam a Internet. Em comparação com um site comum, oferece muito mais possibilidades de interação, pois cada post (texto publicado) pode ser comentado. Comparando-se com um fórum, a discussão, no blog, fica mais centrada nos tópicos sugeridos por quem gerencia a página e, nele, é visualmente mais fácil ir incluindo novos temas de discussão com freqüência para serem comentados.

Esse gênero foi rapidamente assimilado por jovens e adultos do mundo inteiro, em versões pessoais ou profissionais. A novidade é tão recente; e o sucesso, tamanho, que em seis anos, desde o início de sua existência, em 1999, o buscador Google passou a indicar 114 milhões de referências quando se solicita a pesquisa pelo termo “blog”, e, só no Brasil, aparecem 835 mil resultados hoje.

No mundo acadêmico, por sua vez, esse conceito ainda é praticamente desconhecido. O banco de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) não apresenta nenhuma referência sobre o tema e, mesmo em buscas internacionais, são pouquíssimos os trabalhos a respeito do que se pode fazer com um blog nas escolas. Todas as referências encontradas estão no pé deste artigo.

Não é à toa que tantos jovens e adultos começaram a se divertir publicando suas reflexões e sua rotina e que tantos profissionais, como jornalistas e professores, começaram a entrar em contato com seu público e seus alunos usando esse meio de comunicação. No blog, tudo acontece de uma maneira bastante intuitiva; e não é porque a academia ainda não disse ao professor que ele pode usar um blog que essa forma de comunicação deve ser deixada de lado. Com esse recurso, o educador tem um enorme espaço para explorar uma nova maneira de se comunicar com seus alunos. Vejamos sete motivos pelos quais um professor deveria, de fato, criar um blog.

1- É divertido

É sempre necessário termos um motivo genuíno para fazer algo e, realmente, não há nada que legitime mais uma atividade que o fato de ela ser divertida. Um blog é criado assim: pensou, escreveu. E depois os outros comentam. Rapidamente, o professor vira autor e, ainda por cima, tem o privilégio de ver a reação de seus leitores. Como os blogs costumam ter uma linguagem bem cotidiana, bem gostosa de escrever e de ler, não há compromisso nem necessidade de textos longos, apesar de eles não serem proibidos. Como também é possível inserir imagens nos blogs, o educador tem uma excelente oportunidade de explorar essa linguagem tão atraente para qualquer leitor, o que aumenta ainda mais a diversão. O professor, como qualquer “blogueiro”, rapidamente descobrirá a magia da repercussão de suas palavras digitais e das imagens selecionadas (ou criadas). É possível até que fique “viciado” em fazer posts e ler comentários.

2- Aproxima professor e alunos

Com o hábito de escrever e ter seu texto lido e comentado, não é preciso dizer que se cria um excelente canal de comunicação com os alunos, tantas vezes tão distantes. Além de trocar idéias com a turma, o que é um hábito extremamente saudável para a formação dos estudantes, no blog, o professor faz isso em um meio conhecido por eles, pois muitos costumam se comunicar por meio de seus blogs. Já pensou se eles puderem se comunicar com o seu professor dessa maneira? O professor “blogueiro” certamente se torna um ser mais próximo deles. Talvez, digital, o professor pareça até mais humano.

3- Permite refletir sobre suas colocações

O aspecto mais saudável do blog, e talvez o mais encantador, é que os posts sempre podem ser comentados. Com isso, o professor, como qualquer “blogueiro”, tem inúmeras oportunidades de refletir sobre as suas colocações, o que só lhe trará crescimento pessoal e profissional. A primeira reação de quem passou a vida acreditando que diários devem ser trancados com cadeado, ao compreender o que é um blog, deve ser de horror: “O quê? Diários agora são públicos?”. Mas pensemos por outro lado: que oportunidade maravilhosa poder descobrir o que os outros acham do que dizemos e perceber se as pessoas compreendem o que escrevemos do mesmo modo que nós! Desse modo, podemos refinar o discurso, descobrir o que causa polêmica e o que precisa ser mais bem explicado ao leitor. O professor “blogueiro” certamente começa a refletir mais sobre suas próprias opiniões, o que é uma das práticas mais desejáveis para um mestre em tempos em que se acredita que a construção do conhecimento se dá pelo diálogo.

4- Liga o professor ao mundo

Conectado à modernidade tecnológica e a uma nova maneira de se comunicar com os alunos, o educador também vai acabar conectando-se ainda mais ao mundo em que vive. Isso ocorre concretamente nos blogs por meio dos links (que significam “elos”, em inglês) que ele é convidado a inserir em seu espaço. Os blogs mais modernos reservam espaços para links, e logo o professor “blogueiro” acabará por dar algumas sugestões ali. Ao indicar um link, o professor se conecta ao mundo, pois muito provavelmente deve ter feito uma ou várias pesquisas para descobrir o que lhe interessava. Com essa prática, acaba descobrindo uma novidade ou outra e tornando-se uma pessoa ainda mais interessante. Além disso, o blog será um instrumento para conectar o leitor a fontes de consulta provavelmente interessantes. E assim estamos todos conectados: professor, seus colegas, alunos e mundo.

5- Amplia a aula

Não é preciso dizer que, com tanta conexão possibilitada por um blog, o professor consegue ampliar sua aula. Aquilo que não foi debatido nos 45 minutos que ele tinha reservados para si na escola pode ser explorado com maior profundidade em outro tempo e espaço. Alunos interessados podem aproveitar a oportunidade para pensar mais um pouco sobre o tema, o que nunca faz mal a ninguém. Mesmo que não caia na prova.

6- Permite trocar experiências com colegas

Com um recurso tão divertido em mãos, também é possível que os colegas professores entrem nos blogs uns dos outros. Essa troca de experiências e de reflexões certamente será muito rica. Em um ambiente onde a comunicação entre pares é tão entrecortada e limitada pela disponibilidade de tempo, até professores de turnos, unidades e mesmo escolas diferentes poderão aprender uns com os outros. E tudo isso, muitas vezes, sem a pressão de estarem ali por obrigação. (É claro que os blogs mais divertidos serão os mais visitados. E não precisamos confundir diversão com falta de seriedade profissional.)

7- Torna o trabalho visível

Por fim, para quem gosta de um pouco de publicidade, nada mais interessante que saber que tudo o que é publicado (até mesmo os comentários) no blog fica disponível para quem quiser ver. O professor que possui um blog tem mais possibilidade de ser visto, comentado e conhecido por seu trabalho e suas reflexões. Por que não experimentar a fama pelo menos por algum tempo?

Antes de fazer seu próprio blog, vale a pena consultar as realizações de algumas pessoas comuns ou dos mais variados profissionais. Faça uma busca livre pela Internet para descobrir o que se faz nos blogs pelo mundo afora e (re)invente o seu!



Referências bibliográficas:

BEIGUELMAN, Giselle. Blogs: existo, logo, publico. Acesso em: 29 jul. 2005.

DICKINSON, Guy. Weblogs: can they accelerate expertise? Tese de mestrado em Educação da Ultralab, Anglia Polytechnic University, Reino Unido, 2003. Acesso em: 29 jul. 2005.

GENTILE, Paola. Blog: diário (de aprendizagem) na rede. Nova escola, jun./jul. 2004. Acesso em: 29 jul. 2005.

KOMESU, Fabiana Cristina. Blogs e as práticas de escrita sobre si na Internet. In: MARCUSCHI, Luiz Antônio; XAVIER, Antônio Carlos. Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004.

LEARNING and Leading with Technology. BlogOn, 2005. vol 32, n. 6.


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Betina von Staa é doutora em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem, trabalha como consultora em tecnologia educacional e escreve especialmente para esse portal.

 

Fazer Blogues?

É elementar, Meu Caro Dr. Watson!

Blogues - ou Web Logs - é frequentemente visto como uma actividade para alunos do Ensino Secundário. Você sabia que, no entanto, estudantes tão novos como os dos jardins de infãncia fazem já blogues numa base diária, numa grande e excitante variedade de maneiras? Continue a ler para descobrir como os blogues no 1º Ciclo funcionam, quais os tópicos os alunos e professores desse nível de ensino cobrem nos seus blogues, programas e instrumentos para utilizar e cuidados e dicas para começar o seu próprio blogue.

Basicamente, um blogue - ou Web Logs - é um jornal ou um diário online. Olhe para qualquer blogue e você irá ver imediatamente a ligação entre ele e um diário tradicional. Frquentemente organizado no formato de calendário com as postagens mais recentes em primeiro lugar, os blogues têm palavreado, desejos, comentários e, bem, muitas outras coisas que o autor pensa, muitas vezes com gráficos e por vezes com elementos audio ou vídeo.

Mas os blogues têm evoluido rapidamente para outra coisa:

Nº 1: um blogue é um conceito de publicação na web que permite a qualquer pessoa - alunos da escola primária, políticos, pessoas sem abrigo, directores de escolas, candidatos presidenciais - publicarem informação na internet.

Nº 2: Blogues (Blog- um diminuitivo para weB LOG), tornou-se uma ferramenta jornalística, uma forma de publicar notícias, ideias, declamações, anúncios e ponderações muito rapidamente e sem constrangimentos técnicos, editoriais e de tempo. Basicamente faz qualquer pessoa um colunista. De facto, muitos comentadores estabelecidos agora publicam os seus próprios blogues.

Nº 3: Os blogues, devido à sua facilidade de utilização e devido ao contexto da forma como se escrevem colunas editoriais, tornaram-se uma maneira muito eficaz de ajudar os estudantes a tornarem-se melhores escritores. As investigações têm demonstrado há muito que os estudantes escrevem mais, escrevem com mais detalhes e tomam mais cuidado com os erros ortográficos, a gramática e a pontuação, quando estão a escrever para uma audiência autêntica na internet.

BLOGUES NO 1º CICLO DO E. B. EM ACÇÃO: a experiência de uma professora

Os educadores sabem que os alunos escrevem melhor quando têm uma audiência real - não apenas um professor com uma caneta vermelha. No passado, encontrar tal audiência era um desafio. Mas com o acesso à internet e alguns programas básicos, qualquer estudante pode escrever para todo o mundo ver. Embora os blogues nas escolas ainda esteja na sua infância, várias evidências sugerem que o interesse dos estudantes (e a quantidade de trabalhos) em escrever aumenta quando os seus trabalhos são publicados online e, talvez ainda mais importante, quando é sujeito aos comentários dos leitores.

Então mas que tipo de blogues fazem os alunos do 1º ao 6º anos? Por exemplo (são dos Estados Unidos), um professor criou um comentário online para as notícias do dia. Uma outra professora responsabiliza cada um dos seus alunos como repórter da turma. O aluno escolhido tem de registar os acontecimentos do dia no blogue Studio Four-News. Um outro professor também faz uma crónica do que se passou durante o dia em detalhe - com fotografias a acompanharem a maior parte das postagens.

Contudo não são só estes alunos do nível escolar mais elevado a divertirem-se. Numa escola primária do Nebraska, os alunos que escrevem para o blogue da turma descrevem um tópico - passando do sistema solar à história da sua região - cada duas semanas; fotos e desenhos da turma também são incluídos. E, no Reino Unido, estudantes desde os 7 anos utilizam os blogues para adquirirem capacidades técnicas que alguns com 15 ou 16 anos ainda não sabem fazer.

Mesmo nas turmas dos alunos mais novos, os blogues podem ser uma parte vital do processo de aprendizagem; os jovens alunos podem desenhar as suas entradas ao invés de as escreverem, narrar entradas para o professor escrever ou o professor pode postar uma entrada para toda a turma.

O QUE É PRECISO PARA COMEÇAR UM BLOGUE'
Muitas escolas utilizam programas baseados na web como o Blogger. Embora sejam fáceis de utilizar, essas ferramentas não são específicas para a comunidade educativa e podem não ter asseguradas todas as questões de segurança e supervisão que um professor, particularmente um do 1º Ciclo procura (apesar de não vermos grandes problemas em utilizá-los). Mas em português não exitem também esse tipo de programas. Uma alternativa em inglês será um programa como o Blogmeister, que é completamente online, não existindo também programas para instalar. O professor prepara o blogue e as contas dos alunos e os estudantes podem juntar as suas postagens. O professor revê cada entrada e ou aprova e publica ou devolve-a ao aluno para editar antes de a voltar a ver.

Quer saber como isto dos blogues funciona realmente? Veja o artigo anterior LIGUE-SE A UM BLOGUE. Nele, a professora descreve as suas razões para utilizar blogues, sugere passos para começar, oferece reacções dos estudantes, fornece uma rúbrica que ela utiliza para avaliar os blogues dos alunos e recomenda links para mais informação.

Fazer blogues com os mais novos será uma actividade excitante e pedagócica! Comece já amanhã!

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